ELO 2014

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Melhores coisas do Ciclismo

1 – O click da sapatilha no pedal quando saímos de casa para rodar

2 – Água.

O que nós damos pouco valor no dia a dia, ganha a sua real importância quando acaba antes do treino e bate o desespero. Aí vem um empréstimo salvador de uns goles da caramanhola de um companheiro.

3 – O PELOTÃO.

Olhares, câmbios de marcha, acelerações, adrenalina, 200m e uma eternidade depois foi-se a chegada. Cada um com as vitórias ou explicações para dar. O PELOTE lhe força a andar mais rápido em mais dias. Ensina como você está ranqueado em relação aos outros e, mais importante, dá margem a todos os fantásticos apelidos. Aprendemos que as nossas fantásticas máquinas ficam melhores e mais divertidas em boas companhias.

4 – Loja de Bicicleta.

Você abre a porta e sente aquele cheiro mágico de pneus, lycra e óleo!
Quadros, roupas, acessórios. Tudo meio amontoado, em uma ordem única.
Revistas de ciclismo nas bancadas, fotos de grandes atletas nas paredes.
Na oficina o trabalho paciente, artesanal e quase artístico nas nossas bicicletas. Além dos parafusos e componentes, algo mais define o que cada um chama de A SUA LOJA. É algo como um bar, escola, praça, academia, ou mesmo um templo. Melhor ainda, a sua casa!

5 – Aromas.

Cheiro de mato, asfalto, lama de chuva recente, pneus novos e até de um gole de Gatorade no meio do pelote…

6 – Sprintar, e conseguir fugir dos cachorros.

7 – O dia em que você finalmente se convence que não fica ridículo de bermuda justa e camisa colorida. Ou ainda, com capacete na cabeça.

8 – Continuar a pedalar depois que a chuva aperta, se transformando em um temporal.

9 – Papo de pelotão. Seja a conversa de botequim dos treinos leves ou a gritarias e gruídos durante as provas.

10 – Camisas de equipes. Muitas vezes de gosto duvidoso, estão acima das modas, e talvez por isto mesmo mereçam serem usadas.

11 – Tecnologias que o ciclismo deu ao mundo.

12 – Ver um nascer do Sol fantástico, que você não veria se a preguiça tivesse vencido e você não saísse para treinar.

13 – Ensinar uma criança a andar de bicicleta ou, a um amigo o que REALMENTE é andar de bicicleta.

14 – Aquela cara de espanto dos não ciclistas quando você responde à pergunta de quanto já rodou, seja em um bar ou no meio da estrada.

15 – Pernas.

É simplesmente a mais elegante “máquina” do nosso corpo. A transição de inveja para admiração toma tempo e kilometragem. Independente do status social, econômico ou mesmo intelectual, uma perna “rodada” é admirável.

16 – Subidas.

Bobos mortais que somos. Como Ícaro subimos em direção ao Sol, não com asas de cera, mas com esperança e atitude. Nós nunca chegamos lá, nem meso perto. Apesar de que de vez em quando damos sorte e sentimos o cheiro das nuvens. É a nossa arrogância que nos faz subir montanhas? Curiosidade? Porque nos faz sentir tão bem quando chegamos no topo? Nossa fome de força e adrenalina na descida a 70 km/h? No coração do esporte está o sofrimento. Não apenas a tolerância, mas principalmente a negociação com a dor. E, nada exige mais capacidade de negociação com a dor do que uma subida sofrida. Não é a toa que o Rei da Montanha tem muito mais prestígio do que o Rei dos Contra Relógios! Alguém já disse que quanto mais sofremos mais mostramos quem realmente somos. Talvez haja algo de errado conosco, os ciclistas. Ou talvez algo muito certo! Seguimos com a pressão nos pedais, enxergando pontos distantes antes de vê-los com os olhos. Pernas queimando, ácido lático acumulando, cabeça e corpo unidos em uma sobrevivência vitoriosa. Vitória que importa mesmo que ninguém tenha visto.           Nós vimos. Sentimos a exaustão das últimas pedaladas. Saberemos para sempre o sabor da vitória de ter vencido o desafio contra a gravidade. Nada se compara a uma subida!

17 – Abrindo a caixa de um acessório novo.

18 – Ter uma bicicleta que vale mais do que um carro (Não espalhem!!)

19 – Velocidade

60 km/h na chagada, 70 km/h na descida, 15 km/h nas subidas, 25 km/h no plano com um forte vento contra… Velocidade não é um número, mas uma sensação!

20 – Cair de bobo, por esquecer-se de tirar o pé do clip.

Embaraçoso e ridículo pode acontecer em uma parada distraída no sinal, uma freada repentina ou uma subida em que a velocidade vai caindo, caindo… De qualquer forma nos lembra que o chão está perto e certas bobeiras têm resultados inevitáveis!

21 – Café.    Seja no início ou fim do treino, junto com a conversa fiada da Padaria.

22 – A bicicleta do Natal, do Aniversário, ou qualquer desculpa que nos damos para comprar uma NOVA Bicicleta, mesmo que seja usada!

23 – Uma subida com o Sol pelas costas. Você na roda da própria sombra

24 – Depois de um treino duro ou corrida, seja no asfalto ou na lama, chegar em casa e ver no espelho a imagem que reflete a vitória pessoal, de ter no mínimo participado e completado.

25 – Humildade


26 – A dupla solo, você e sua bike saindo para treinar

27 – Corridas amadoras. Saímos de casa cedo nas manhãs de domingo sem ter nenhuma certeza como vamos ou mesmo se vamos ganhar. É a nossa nobre atitude de que nem tudo tem uma explicação lógica ou talvez sabendo que é muito mais divertido do que ler o jornal e ir para a praia.

28 – Durante o treino, você sente que a endorfina está chegando. Você sabe, e aceita.

29 – Um rolo em casa. Pode ser na varanda ou na garagem. Nada demonstra de forma mais forte o seu comprometimento e amor pelo ciclismo.

30 – Trilhas. Apesar dos tombos e lama, o prazer de cruzar uma trilha de terra ou mesmo barro jamais vai envelhecer.

31 – Uma cerveja na sua “janela de glicogênio”, ou seja, no fim do treino! (essa é pro “Cassino”)

32 – RISCO

O que você estava fazendo no meio daquele sprint com 20 caras balançando no limite do controle? Ou na descida do Alto à 60km/h, fugindo dos buracos e dos carros? Por que pedalar ao invés de jogar golfe? Bem claro que qualquer um pode ser atingido por um raio, mas a adrenalina e o risco associados existem em poucos esportes chamados adultos.

Ciclistas correm atrás do risco. Qualquer atividade que precise de um capacete já disse a que veio. Mas, quando você vence o medo, supera a você mesmo de uma forma única, como se fosse elevado a uma outra dimensão que você não alcança na maior parte dos dias. Conviver com o RISCO e superá-lo, é genial!

Autor desconhecido

Um comentário:

  1. Muito legal o texto. Vou agora compartilhar para outros se deliciarem com a leitura!!! Valeu!!!

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