Nascemos da Glória, uma celebração pela chegada, e morremos na glória, nos aplausos da partida!
Um ciclista não escolhe o destino de sê-lo, ele é arrebatado pela paixão numa curva do caminho, por primeira vez vislumbrado. Não é o indivíduo que escolhe ser um ciclista, mas a mágica deste esporte que o conquista, como num encanto, e não há palavras para renegar o fato, pois o coração sempre tem razão primeira.
Sobre sua máquina, que por vezes se torna humana e se confunde com seu próprio ser, se funde o ciclista a ela, e este instrumento mal compreendido por muitos, se torna parte extensora do corpo do ser vivente, e num ritmo cadenciado, intimo e particular, cada ciclista senti no seu âmago a plenitude do que é Viver na sua mais ampla forma vital e harmônica.
Cada ser que é conquistado pelo ciclismo, cria em si um sentimento familiar, onde cada um que compartilha deste meio é membro da mesma família. O ciclismo tem o poder de tornar todos iguais, irmãos, sem distinção qualquer, e também cria em cada um o compromisso de zelar por estes membros. Seja aqui ou em qualquer parte do planeta, um ciclista é parte do compromisso dos demais, assim como no clássico “O Pequeno Príncipe”, nos tornamos responsáveis por quem cativamos! E todo o ciclista é solidário neste compromisso.
A morte simboliza uma porta de passagem, e quando um ciclista parte para outro plano, deixa sempre uma tristeza nos que ficam, pela surpresa do inesperado, mas esta nunca é maior que a alegria de suas glórias alcançadas em Vida terrena!
Com isto, a Equipe ELO presta sua singela homenagem ao CICLISTA BELGA WOUTER WEYLANDT, que faleceu em virtude de uma queda, na terceira etapa do Giro d’Itália, no dia 09/05/2011, aos 26 anos.
E como todos os abraços pela sua chegada, que este membro da família do ciclismo parta com todos os merecidos aplausos do final!
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